domingo, 21 de agosto de 2011

Podemos ser livre com o outro?

Onde moro posso ouvir música alta até a hora que eu quiser? Por quê?
Já pensou se cada um, por dizer-se livre fizesse o que bem quisesse?
Há uma espécie de lei que torna a vida coletiva possível – ela é necessária para garantir a vida em comum. Muitos filósofos pensaram que desta necessidade surgiu o Estado.
Muitas vezes a minha liberdade aumenta quando a do outro aumenta.
Por exemplo, os povos que estão dominados ou explorados, quando se unem, e lutam
por mais direitos ou poder, todos vêm aumentar sua liberdade. Neste sentido, a
liberdade tem que ser alcançada coletivamente – não conhecemos o ditado: “a união faz
a força”? Então, ocorre do mesmo jeito.
Outro exemplo : numa família, se o filho é criado de modo muito dependente dos pais, ele se torna pouco livre, mas os pais também ficam presos, sempre ligados a este filho. Um aumento da liberdade do filho seria também um aumento da liberdade dos pais.
Um grande filósofo, Hegel, falou da “dialética do senhor e do escravo”. A gente
pensa que o senhor é livre e que o escravo não é. Hegel mostrou, porém, que o senhor depende do escravo, pois morreria sem este trabalho. Logo o senhor também não é livre. As pessoas só são livres numa sociedade que não tem nem senhores nem escravos. Daí que a liberdade de um aumenta com o aumento da liberdade de outro.

Responda às questões:
O que significa o ditado popular: “Minha liberdade termina onde começa a do outro.”
1 - Este ditado está certo? Por quê?
Mas o problema da liberdade diante do outro é bem mais complexo. Vamos pensar um pouco mais sobre isto: É possível ser livre com o outro?
2 - Como posso ser livre com àqueles que convivem comigo, meus irmãos, meus amigos?